Boeing 737-800 da Gol (Divulgação/Gol)
A companhia aérea Gol recebeu na última sexta-feira, 4, o sexto Boeing 737-800 (Next Generation Short Field Performance 2.0, ou SFP 2.0), que é mais leve e têm capacidade de transportar 20% mais passageiros ou carga do que a sua versão anterior. Para isso, os freios de aços (padrão da indústria aeronáutica) da aeronave foram trocados por modelos de carbono (mais comumente usados em carros esportivos de luxo, como a Ferrari) e foi reservada uma área com menos cadeiras e mais espaço, chamada de Comfort. Essas mudanças acarretaram uma rapidez maior na aterrissagem dos aviões e uma leveza igualmente maior, cerca de 318 quilos.
Os Boeing usados até agora pela Gol na ponte aérea Rio de Janeiro – São Paulo, por exemplo, podiam transportar de 151 a 168 passageiro. O novo modelo vai ter capacidade para 177 clientes, o que permitirá a empresa gerar mais receita com o mesmo custo operacional – a companhia já avisou que a tarifa das passagens não sofrerá alteração por causa das mudanças.
Atualmente, a Gol tem, no total, 14 aviões com essas novas características (a companhia recebeu seis aeronaves com esse pacote e alterou o freio de oito 737-800, para que tivessem o mesmo desempenho dos aviões novos). A expectativa é que esse número aumente para 31.
As aeronaves 737-800 são, originalmente, grandes e pesadas para operar nos aeroportos Santos Dumont e Congonhas. A maioria das pistas do Brasil tem cerca de 1.800 m de extensão, sendo que a pista do Santos Dumont tem aproximadamente 1.300 m e uma das pistas de Congonhas, 1.400 m – segundo a empresa fabricante americana Boeing, a média nos EUA é 3.000 m.
Mais adiante, o SFP 2.0 ganhará novos pneus radiais, mais rígidos e mais largos, o que, segundo a Boeing, também ajuda a parar o avião mais rapidamente. A partir de 2017, a Gol deve receber o Boeing-737 MAX 8, que deve reduzir o consumo de combustível em 13% na comparação com o 737 atual.
